terça-feira, 18 de agosto de 2009

Para ter estilo, tem que saber fazer a barra



As brasileiras são conhecidas por serem lindas, donas de corpos exuberantes e desejados. Porém, as marcas de roupas famosas não foram feitas para nós. E digo isso com toda a experiência que uma mulher de 1,60m pode ter quando o assunto é roupa. Já fui a diversas lojas caras, mas isso só fez mal à minha auto-estima: além de ter que fazer quase dois palmos de barra nas calças, a única que me serviu era 2 números maiores daquilo que costumo usar. Sem falar nas blusinhas que experimentei: ficaram muito largas, já que o meu sutiã G não se contentou em caber nas minhas costumeiras regatas M.

Se você quiser tentar, uma boa ideia é seguir as dicas de Bia Kawasaki, consultora de moda, imagem e estilo: “Este biótipo pede calças com modelagens retas (nunca muito justas) e com um ótimo corte ou seja, economizar com a modelagem e a qualidade do tecido é proibido por lei!”, afirma.
Porém as mais, digamos, carnudas (ou brasileiras, como queira), também gostariam de ser magrelas. É o velho complexo que toda mulher sente: quer ser tão desejada como as capas de revistas masculinas e tão elegante e bem vestida como as ícones fashion. (temos que ser sinceras, desde quando as mulheres-fruta se vestem bem, hein?)

Repare nas fotos aí em cima: Ana Hickmann, por ser alta e magra, pode abusar dos vestidos micros e justos. Já a Cléo Pires, que faz mais o estilo mulher brasileira, usa vestido preto e de tamanho médio pra não ficar vulgar numa festa.

O truque para se vestir bem é parecer o oposto que você é. Se você é alta, use roupas que diminuam o seu tamanho, com cortes no meio do corpo; se você tem seios grandes, não use decotes, lenços e babados. Para seios pequenos, abuse de tudo que chame a atenção para o seu colo. Para pernas finas, saias, vestidos e shortinhos agarrados podem ser abusados. Já as coxas grossas e definidas são escondidas em roupas largas e escuras para não vulgarizar.

E isso é muito ruim mesmo para as brasileiras, já que somos donas de corpos mais voluptuosos (ui!) e se seguirmos as cartilhas da moda acabaremos usando sempre as mesmas peças: cores escuras, cortes retos, sem decotes. Roupas muito sem graças e que nada combinam com a alegria brasileira. Portanto, ficadica: use aquilo que te deixa feliz acima de tudo, porque antes mesmo de olharem para a sua roupa, olharão para o seu sorriso de satisfação em ser quem você é. Mesmo que seja brega, seja feliz.


“Sou feia mais to na moda,
to podendo pagar motel pros homens isso é que mais importante”

Tati Quebra-Barraco

Esse texto é da Deborah Cabral, que também escreve aqui.

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